domingo, 10 de maio de 2009

Hoje...
...na caixa de supermercado, perguntaram ao cliente se queria um saco. O cliente disse que não. Bastava-lhe o saco transparente e fino das frutas e legumes para levar consigo 3 frascos de leguminosas e ainda para mais pouparia €0.4.
A senhora da caixa, demasiado baixa e angelical para lhe adivinhar algum traço de malvadez, mal o cliente foi embora, virou-se para mim e disse: "era bem feito se o saco se rompesse e se partissem os frascos".


Eu, que ainda para mais até tenho alguns problemas de audição demorei alguns segundos a interiorizar o que tinha ouvido e apenas fui capaz de dizer: "ó coitado, não diga isso". Incrédula, desviei o olhar e preocupei-me em recolher a mercadoria para poder abandonar o local abanando a cabeça com ar de indignação.


Do senhor, que teria nascido na década de 40, não esquecerei as suas mãos. Impressionantemente grandes, grotescas, sujas e enrrugadas. Testemunhas inexoráveis de uma vida dura, pobre, e triste.



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