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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

27.02.2012



De repente apercebí-me que sou uma aranha e a teia por onde me movimento fui eu que a criei.








sexta-feira, 1 de abril de 2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

Permaneço neste lugar ao qual não pertenço embora lá fora a lua e as estrelas enganam fazendo-me acreditar que hoje será a última noite. Porém, a manhã virá e trará a luz para aquecer a alma e por breves momentos esquecerei que estiveste aqui por tanto tempo e eu não te vi.
Vou continuar a acreditar que o sol veio para ficar. Não sei como fazê-lo mas tentarei. Nas memórias morre a cada instante a imagem que teimo em não largar porque alí os dias e as horas não contavam. Espero por ti todos os dias.

Farei aquilo que me pedires.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

"we do not see things as they are, we see things as we are"

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Tu não sabes...

...mas há lugares à nossa espera.


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segunda-feira, 11 de maio de 2009

A mão que embala
Com a idade e com as coisas que passei na minha vida cheguei à conclusão que o nosso equilibrio reflete, em grande medida, o equilibrio das pessoas com as quais criámos os laços mais fortes. Não é um conceito inovador, bem sei, e muitos terão elaborado teorias sérias sobre isto. Eu tenho 34 anos, não dependo realmente de ninguém, ja passei por muitas amizades, inimizades, casamento, divórcio, solidão, sucessos, tristezas, entre muitos estados (de alma)?) e hoje, acredito com convicção que por mais anos que se viva, os nossos pais serão sempre os nossos alicerces. São muito para além do exemplo e inquestionávelmente muito mais do que seres que nos alimentam, nos vestem e cuidam de nós quando estamos doentes.

Acredito, aceitando porém excepções que todas as regras têm, que se a felicidade dos filhos é a felicidade dos pais, o contrário é igualmente válido. Os pais, que zelam durante toda a sua vida pelo bem estar dos filhos, fazendo sacrifícios extraordinários, por vezes esquecem que o maior contributo à felicidade dos filhos é presentearem-nos com a felicidade deles mesmos.


Todos os outros cuidados são fundamentais e ninguém esquece o sabor de um chá quando estamos doentes, os mimos, as recomendações de levarmos roupa quente porque lá fora está frio, o abraço quando tudo se desmorona à nossa volta. Tudo isso é importantissimo. Guardamos essas memórias no coração e agradecemos tamanha sorte porque convém não esquecer que existem pessoas que nunca tiveram um carinho dum pai ou de uma mãe.


No entanto, mesmo que nunca nos tenha faltado um tecto, o que comer, material escolar, roupa, brinquedos, dinheiro para sair com amigos, podemos sentir uma pedra do tamanho do mundo quando vemos os nossos pais infelizes. E quando nós, que levamos a vida à procura de sermos felizes aprendendo com o contentamento das coisas pequenas, porque supostamente esse é o verdadeiro caminho, fazemos um esforço infrutífero. Porque a felicidade deles seria fundamental . Ver os nossos pais felizes ( o que quer que isto seja ), apaixonados pela vida, abraçando, com coragem, horas felizes e contratempos é o legado mais importante para nos podermos sentir completos e abertos para a vida.




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domingo, 10 de maio de 2009

Hoje...
...na caixa de supermercado, perguntaram ao cliente se queria um saco. O cliente disse que não. Bastava-lhe o saco transparente e fino das frutas e legumes para levar consigo 3 frascos de leguminosas e ainda para mais pouparia €0.4.
A senhora da caixa, demasiado baixa e angelical para lhe adivinhar algum traço de malvadez, mal o cliente foi embora, virou-se para mim e disse: "era bem feito se o saco se rompesse e se partissem os frascos".


Eu, que ainda para mais até tenho alguns problemas de audição demorei alguns segundos a interiorizar o que tinha ouvido e apenas fui capaz de dizer: "ó coitado, não diga isso". Incrédula, desviei o olhar e preocupei-me em recolher a mercadoria para poder abandonar o local abanando a cabeça com ar de indignação.


Do senhor, que teria nascido na década de 40, não esquecerei as suas mãos. Impressionantemente grandes, grotescas, sujas e enrrugadas. Testemunhas inexoráveis de uma vida dura, pobre, e triste.



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