domingo, 12 de abril de 2009

O que somos e aquilo em que nos tornamos O meu pseudonamorado tinha-me acabado de contar que o seu maior sonho seria entrar na Gnr. Considerando que o moço vivia a 150 km de qualquer cidade que se pudesse intitular como tal, ser da Gnr seria o passaporte para fugir ás taxas de desemprego, ter uma arma no bolso, tornar-se mais respeitável quando fosse ao café lá da terra. Contudo, naquele preciso momento eu deixei de me interessar nele.

Passados 12 anos e não obstante achar que fui uma grande cabra, cheguei à conclusão que uma das qualidades que mais aprecio em qualquer pessoa é a motivação. Gosto de pessoas motivadas. Gosto de pessoas que se querem melhorar, que estão numa busca incessante de se sentirem vivas e felizes mesmo que seja por 2 minutos.

O Manuel não fez nada que pudesse causar o meu desinteresse. Eu e ele somos iguais. A única diferença é que eu dizer-lhe-ía que o meu maior sonho seria ser o chefe da divisão. Hoje seria, provavelmente, o GNR que ele tanto desejava ser.


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